Lula recebe Lira e Pacheco para agilizar a PEC da Transição

Presidente da Câmara agradeceu apoio do PT a sua reeleição e disse que novo governo pode contar com ele

Da Redação, com Jornal da Band

Em Brasília, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva encontrou-se com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para tentar acelerar a aprovação da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição.

O QG (quartel general) da negociação com o Congresso foi o hotel em que Lula está hospedado, em Brasília. A primeira reunião do dia foi com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) que fez questão de agradecer o apoio de petistas e do PSB para a campanha de reeleição ao cargo. 

Lira, com quem a esquerda teve uma relação conflituosa, afirmou que o novo governo pode contar com ele institucionalmente. E ressaltou que a PEC da transição será votada a tempo de valer para 2023. A dúvida é como ficará o texto. Oficialmente o PT não abre mão de que o Bolsa Família fique fora do Teto de Gastos até 2026, com uma licença para gastar R$ 198 bilhões até lá.

Depois, foi a vez do presidente do Senado. Rodrigo Pacheco (PSD) disse que a Casa votaria mais rápido uma proposta intermediária bolsa família excluído do teto por 2 anos, com gasto limitado a R$ 150 bilhões. Nos bastidores, o novo governo admite que vai ter de ceder. Até para garantir as mudanças já em janeiro.

Da Comissao de Orcamento veio um sinal que trouxe alivio à transição. A CMO aprovou a possibilidade de reservar no ano que vem dinheiro de projetos em tramitação. O que se confirmado na votação da previsão de gastos do governo, dá mais tempo para que Lula negocie com o Congresso.

No gabinete da transição, o dia foi de correria para entregar os relatórios parciais com os diagnósticos dos 31 grupos temáticos que passam a limpo as ações do governo Jair Bolsonaro. Entre os que mais preocupam, segundo o gabinete, estão saúde e educação.

A equipe estima que são necessários R$ 23 bilhões para a compra de insumos básicos, como vacinas contra diversas doenças e remédios. Nas escolas, faltam livros didáticos, ônibus e merenda.

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