Lula e o déficit fiscal: ala política está ganhando da econômica, avaliam fontes

Nos bastidores, a avaliação é de que a ala política do Planalto está ganhando a queda de braço com a equipe econômica, principalmente devido ao PAC 2

Da redação

Planalto vive embate entre alas política e econômica, avaliam fontes
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Juros, inflação e obras públicas. Esses foram alguns dos temas da conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto.

O encontro aconteceu depois de o presidente usar o termo “dificilmente” sobre o governo alcançar o objetivo de zerar o déficit das contas públicas. À imprensa, Haddad afirmou que o equilíbrio fiscal ainda é prioridade.

“Farei isso enquanto estiver no cargo. Não é por pressão do mercado financeiro. Acredito que o Brasil, depois de 10 anos, precisa voltar a olhar para as contas públicas”, disse Haddad.

Compromisso de Lula

Segundo o ministro, a dificuldade para o cumprimento da meta está na arrecadação e em problemas herdados de outros governos. Haddad diz que Lula segue empenhado em zerar o déficit.

“Não há, da parte do presidente, nenhum descompromisso, muito pelo contrário. Se ele não estivesse preocupado com a situação fiscal, não estaria pedindo apoio da área econômica para orientação das lideranças do Congresso”, continuou o ministro.

Ala política vs econômica

Nos bastidores, a avaliação é de que a ala política do Planalto está ganhando a queda de braço com a equipe econômica, principalmente devido ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) prevê R$ 65 bilhões só na primeira etapa, lançada no fim de setembro.

Mais cedo, a presidente do grupo Santander, Ana Botín, disse que as contas fiscais vão se ajustar se o país for capaz de crescer. A executiva também disse que o Brasil pode entrar num ciclo virtuoso.

Meta da inflação

O Boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado toda segunda-feira, reduziu mais uma vez a previsão de inflação, de 4,65% para 4,63% este ano. Dentro da meta para 2023, de até 4,75%, ainda esta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia se reúne para definir a nova taxa básica de juros do país, com expectativa de nova queda.

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