Jornal da Band

Líder do Grupo Wagner diz que objetivo da rebelião não era dar golpe em Putin

Ninguém sabe ao certo onde está o homem que ousou desafiar Vladimir Putin e qual será o futuro dos mercenários que ele lidera

Por Felipe Kieling

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O chefe do Grupo Wagner falou, nesta segunda-feira (26), do motim contra o governo russo no fim de semana. Ninguém sabe ao certo onde está o homem que ousou desafiar Vladimir Putin e qual será o futuro dos mercenários que ele lidera.

Dois dias depois da rebelião em território russo, Yevgeny Prighozin quebrou o silêncio e disse que o objetivo não era dar um golpe contra Putin. E sim um protesto dos mercenários, em uma clara disputa de poder entre o Grupo Wagner e o ministério da Defesa, que queria os paramilitares integrados nas Forças Armadas.

Mas foi a relação próxima de Prigozhin e Putin que levou o Wagner a ascender no mercado mercenário.

Em 2015, com o apoio de Putin ao governo de Bashar Al Assad, os soldados do Wagner lutaram ao lado das forças pró-governo na guerra civil da Síria.

Não há um número certo de países, mas os mercenários do grupo russo também estão em missões na Líbia, Sudão, Mali, Republica Centro Africana, protegendo minas de diamantes.

Na Guerra da Ucrânia, são pelo menos 25 mil soldados lutando ao lado do exército de Putin. 

Prighozhin expandiu a estratégia de recrutamento. Espalhou outdoors oferecendo salários vantajosos, cerca de 50 mil reais. E também aliciou prisioneiros.

Depois de quase avançar contra Moscou, acredita-se que Prighozin esteja em Belarus. Foi o presidente do país, Alexander Lukashenko, que costurou o acordo para que o levante na Rússia fosse interrompido. Em troca, as acusações contra ele seriam arquivadas.

Hoje, a imprensa russa afirma que a história não é bem assim. Yevgeny Prighozin pode ser acusado de insurreição armada. Se for condenado, a pena máxima é de 20 anos de prisão.

Esse episódio acontece durante um momento crucial da guerra, em que a Ucrânia lança uma contraofensiva para tentar recuperar territórios perdidos. Pelo menos até agora, essa crise interna na Rússia não afetou a linha de frente.

Do lado de Kiev, a palavra é cautela. Os ucranianos sabem que é cedo para tirar vantagem da crise e reconhecem que o avanço de suas tropas está mais lento do que se esperava.

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