Israel promete criar zona protegida da guerra na fronteira de Gaza com Egito

Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária pela fronteira do Egito

Por Felipe Kieling

Gaza
Divulgação/UNRWA/WHO

A quarta-feira (18) foi dia de mais bombardeios em Gaza - tanto no sul, quanto no norte. Mesquitas e escolas foram destruídas. Em 12 dias de guerra, mais de oito mil residências foram ao chão. Corpos não param de ser encontrados em meio aos escombros.

Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária pela fronteira do Egito, em Rafah, e prometeu criar uma zona protegida, dentro de Gaza. Será em Al Mawasi que os alimentos, águas e remédios devem ser distribuídos.

Ainda não se sabe quando. Por isso, milhares de palestinos continuam se refugiando próximos a hospitais. Mesmo com o ataque de ontem, ainda é o lugar considerado mais seguro para as famílias poderem ter uma chance de chegar ao fim desses conflitos vivos.

Troca de acusações

As trocas de acusações continuam entre Israel e Hamas pela autoria do atentado a um hospital que deixou mais de 500 mortos nesta terça-feira (17)

Israel divulgou um áudio alegando ser uma interceptação telefônica entre dois soldados do Hamas.

Eles teriam assumido que a causa da explosão foi um míssil lançado a partir da Faixa de Gaza.

O governo de Tel Avi divulgou ainda imagens de satélite e de diversas câmeras para embasar a alegação de que o israelense não tem nenhuma responsabilidade. Dizem ainda que se fosse um míssil de Israel haveria uma enorme cratera no local e garantem que o responsável é o grupo Jihad Islâmica - que também atua na Faixa de Gaza.

Mas essa é uma versão que não foi comprovada por países árabes e de maioria muçulmana, que apontam o dedo para o governo israelense.

Parte da população dessas regiões também parece já ter tirado suas próprias conclusões. Os diversos protestos - alguns violentos - condenam Israel e seus aliados, como americanos e britânicos. Na Cisjordânia, palestinos estão na rua desde ontem à noite. Hoje montaram barricadas para enfrentar a polícia israelense.

Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica negam o bombardeio e afirmam que os israelenses são os responsáveis.

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