Indicação de Lula para presidir o IBGE gera mal-estar no ministério de Tebet

Mudanças no governo também podem atingir a presidência da Caixa, cujo cargo pode ser ocupado por deputada dos Progressistas

Da redação

Simone Tebet, ministra do Planejamento
Agência Brasil

A troca no comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) gerou mal-estar no Ministério do Planejamento, chefiado por Simone Tebet (MDB). A escolha foi uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tebet não participou da escolha do novo presidente do IBGE, mas acatou a indicação de Lula.

“O próximo passo é semana que vem marcar, quando a agenda permitir com o economista professor da Unicamp, Marcio Pochmann, que agora eu sei o nome dele, e que terei o maior prazer de atender, portanto, o pedido do presidente Lula”, disse Tebet.

Com 61 anos, Pochmann é economista. Ele foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2007 e 2012. Ele é filiado ao PT desde 2011. Atualmente, comanda o Instituto Lula.

Pochmann é de uma escola desenvolvimentista e crítico da atual política monetária do Banco Central. A autarquia mantém os juros em 13,75%, taxa considerada alta pelo Palácio do Planalto.

Por mais que a ministra evite arestas com o chefe, fontes do Planejamento dizem que Simone Tebet se sentiu desprestigiada pelo presidente. Já Lula, desde o início deste mandato, queria que Pochmann fizesse parte do governo.

Quem também pode ser substituída é a presidente da Caixa, Rita Serrano. Os Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, tentou emplacar o ex-presidente do banco, Gilberto Occhi, mas Lula quer manter uma mulher à frente da instituição.

A indicação agora é da ex-deputada Margarete Coelho, do Piauí. O governo quer definir se muda ou não a presidência da Caixa até o meio de agosto.

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