Imprensa europeia questiona ausência de Macron na Cúpula da Amazônia

Ele foi convidado pessoalmente por Lula para representar a Guiana Francesa como observador

Por Sonia Blota

Cúpula da Amazônia vai apresentar compromisso para florestas
Ricardo Stuckert/Presidência da República

Como os países pobres vão se livrar das fontes poluentes de energia sem ajuda dos países ricos? A Cúpula da Amazônia termina sem resposta a essa questão central.

Para os principais jornais da Europa, a Cúpula da Amazônia começou com muita expectativa e terminou com algumas frustrações.

A principal delas é que nenhuma resposta sobre a contribuição dos países ricos para a transição verde dos mais pobres. Esse acordo foi fechado em 2009 na COP 15 de Copenhague e até agora o dinheiro não apareceu.

A imprensa também destacou as ausências dos presidentes do Equador e Suriname, que enviaram representantes, e da Venezuela, Nicolás Maduro que cancelou a viagem de última hora.

Mas a principal ausência foi a do presidente francês Emmanuel Macron, que foi convidado pessoalmente por Lula para representar a Guiana Francesa como observador. O ato foi interpretado por jornais europeus como desprezo, e uma atitude que contradiz o próprio discurso de Macron.

Segundo o jornal francês Libération, Macron - que tanto critica a postura do Brasil e países amazônicos em relação ao clima e ao desmatamento - deveria ter ido à reunião para defender sua posição. 

A preservação ambiental da Amazônia também é essencial para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que há 24 anos não sai do papel. Até agora, o presidente da França não se pronunciou sobre os motivos de sua ausência na cúpula.

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