Gás fica mais caro na Europa e ingleses pregam boicote

No Reino Unido, a conta de uma casa com quatro pessoas deve chegar a R$ 2,5 mil por mês no começo do ano que vem

Por Felipe Kieling

O preço do gás ficou oito vezes mais caro este ano e é um dos principais fatores puxando a Europa para uma recessão. Fogão, ar-condicionado, aquecedor, transporte, fábricas. Ele é usado pra muitas coisas no dia a dia. Mas muita gente só se deu conta da importância do gás quando a Rússia começou a fechar a torneira.

O governo de Vladimir Putin usa a dependência europeia como retaliação pelas sanções econômicas aplicadas depois da invasão à Ucrânia.

A redução no gasoduto que abastece a Alemanha, por exemplo, é de 80%. A maior economia da Europa importa de Moscou mais da metade do gás que utiliza.

A saída de muitos governos têm sido buscar outros fornecedores. Só que o valor do gás no mercado internacional subiu. Resultado: a conta ficou mais cara para todo mundo. Enquanto isso, gigantes da energia tiveram lucros bilionários, como a Shell e a Centrica, que controla a empresa de gás britânica.

No Reino Unido, a conta de uma casa com quatro pessoas deve chegar a R$ 2,5 mil por mês no começo do ano que vem. Já existe uma petição com quase 100 mil assinaturas pedindo para as pessoas não pagarem as tarifas de gás.

O governo britânico já fala em possíveis apagões por aqui em janeiro, auge do inverno europeu. Esse é um plano de emergência para o pior cenário possível e que iria afetar empresas e residências, quatro dias por semana.

De acordo com o documento, produtores de alimentos precisam estar preparados para não deixar as prateleiras dos mercados vazias. E o sistema público de saúde com reserva suficiente para continuar operando.

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