'Fui avisada': diretora da Me Too Brasil fala de perseguição e ameaça de morte

Advogada encontrou chip embaixo do banco de trás do carro e suspeita que seria rastreada

Por Rodrigo Hidalgo

A diretora do Me Too Brasil, Luanda Pires, foi ameaçada de morte pelo trabalho na ONG que atua em casos de violência sexual e contra a mulher no país. A advogada foi ameaçada e afirmou que colocaram um chip no carro dela três semanas depois de mensagens ameaçando Luanda de morte. 

Luanda conta que só descobriu o chip no banco embaixo do carro graças a uma pessoa que estava próxima ao carro. “Fui avisada, quando eu saí do mercado uma pessoa gritou e me avisou. Quando ela me falou isso, comuniquei meu segurança particular, que pediu vídeos de câmeras de segurança e aí sim, encontramos o chip”, relembra. 

Para a advogada, o caso da ameaça de morte em e-mail anônimo vindo de um acusado de crimes sexuais é relacionado com a invasão no carro. O e-mail dizia que o homem iria matá-la e via meios para isso. “Por isso que a gente entende que o rastreador que foi colocado foi à mando da mesma pessoa, se trata do mesmo caso”, afirma. 

A diretora do Me Too Brasil registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. A OAB, Ministério Público e o Instituto Marielle Franco estão acompanhando o caso, que está sob sigilo. Atualmente, a advogada mudou a rotina e chegou a deixar a cidade e está com segurança pessoal. 

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