O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, discutirão, nesta terça-feira (27) alterações no cerimonial da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 1º de janeiro.
O roteiro oficial prevê que Lula e a mulher Janja desfilem em carro aberto por cerca de um quilômetro e meio.
O percurso chama atenção, porque a multidão se concentra dos dois lados da Esplanada. Em 2003, por exemplo, quando Lula assumiu o primeiro mandato, um homem rompeu o cordão de isolamento e abraçou o presidente.
Nas redes sociais, Flávio Dino afirmou que a posse presidencial ocorrerá em paz, que todos os procedimentos para fortalecer a segurança serão reavaliados. E o combate aos terroristas e arruaceiros intensificado.
Todo efetivo da Policia Militar e Civil do Distrito Federal, junto com cerca de dois mil soldados e agentes, mais 750 policiais federais vão atuar no monitoramento e revista do público, em pelo menos dois cordões de isolamento ao longo da Esplanada. Na praça dos Três Poderes, o esquema também será reforçado.
Nesse domingo (25), por exemplo, houve uma falha. Um grupo de indígenas furou o bloqueio da segurança e chegou até a marquise do Supremo. Depois de negociação com a PM, eles deixaram o local pacificamente. Mais tarde, dez pessoas foram presas nas proximidades do Tribunal, com pedras e estilingue.
Outra preocupação da equipe de Lula é com os manifestantes que estão acampados no QG do Exército, que fica a cerca de oito quilômetros da Esplanada. Até agora, nada foi definido sobre a retirada deles do local. A expectativa é que pelo menos 300 mil pessoas participem da posse de Lula.