A Europa vai reduzir o consumo de gás natural antes do inverno, quando pode sofrer com o corte do fornecimento pela Rússia. Os países do bloco chegaram a um acordo para reduzir o consumo de gás natural em 15% entre agosto e março de 2023.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro, a Rússia vem cortando o fornecimento de gás em retaliação às sanções impostas pelo ocidente.
A Gazprom , empresa russa, deve reduzir para 33 milhões de metros cúbicos diários o gás para a Europa - a partir desta quarta (26).O que representa só 20% de sua capacidade total de fornecimento e metade do que está sendo entregue atualmente. Moscou usa o argumento de manutenção de uma turbina, no gasoduto Nord Stream.
A notícia foi a gota d'água para que o bloco europeu aprovasse a contenção do uso de gás natural, já que o consumo dispara no inverno , especialmente com o aquecimento das casas.
Na reunião hoje em Bruxelas, apenas a Hungria votou contra, mas o plano não precisava de unanimidade para ser aprovado.
A França chegou a se posicionar contra a medida, mas acabou cedendo especialmente por conta da Alemanha, maior economia do bloco, ser tão dependente do gás russo.
A França possui uma matriz energética mais diversificada e importa seu gás por vias marítimas de diferentes países.
Além disso, a capacidade de estocagem de gás na França é superior aos outros países da Europa - mas também se comprometeu em economizar.