EUA afirmam que tropas russas estão prontas para fazer invasão à Ucrânia

Segundo Pentágono, 80% dos 90 mil homens devem invadir o país em larga escala a qualquer momento

Eduardo Barão

Os Estados Unidos afirmam que tropas russas estão prontas para fazer uma invasão de larga escala à Ucrânia a qualquer momento.

Segundo Pentágono, 80% dos 90 mil homens devem invadir o país, de acordo com as informações divulgadas hoje. O porta-voz do Pentágono, John Kirby disse que as tropas russas estão prontas para agir. 

Em Moscou, o Kremlin informou que lideranças separatistas pró-Rússia estão pedindo apoio militar contra o exército ucraniano. 

O governo americano anunciou novas sanções hoje, desta vez contra a empresa responsável pelo gasoduto nord stream 2, que liga a Rússia à Alemanha e disse que tropas aliadas estão seguindo em direção ao mar báltico.

Pelo menos sete grandes empresas aéreas anunciaram o cancelamento de voos que estavam previstos para a Ucrânia. 

Ucrânia é alvo de novo ataque hacker

Um novo ataque cibernético atingiu sistemas oficiais do governo e de bancos ucranianos nessa quarta-feira.

Segundo Kiev, se trata de uma ação coordenada por hackers russos que estariam agindo a mando do presidente Vladimir Putin.

Em Nova Iorque, na Assembleia Geral da ONU, o chanceler ucraniano Dmytro Kulera disse que as declarações de Putin não são uma ameaça apenas à Ucrânia, mas para o mundo todo, e cobrou ações rápidas e contundentes.

Ele disse que o mundo deve isso à Ucrânia, porque país se desfez de suas armas nucleares em nome da paz.

Por enquanto as reações dos Estados Unidos, Reino Unido e nações da Europa estão limitadas a sanções na área financeira. Mas esses países dizem que vão elevar as reações à medida em que as tropas russas sigam avançando em direção à Ucrânia.

A embaixadora americana na ONU acusou a Rússia de tentar recolonizar vizinhos e alertou que uma invasão à Ucrânia pode gerar uma crise com cinco milhões de refugiados.

Na Europa, demonstrações de solidariedade: a prefeitura de Paris e o portão de Brandemburgo em Berlim foram iluminados com as cores da bandeira da Ucrânia.

Em Moscou, o presidente Vladimir Putin disse que está abeto ao diálogo, mas que os interesses da Rússia são inegociáveis.

Kremlin conta com um aliado poderoso. Nesta quarta-feira (23), o governo da China criticou o governo dos Estados Unidos dizendo que eles jogam lenha na fogueira vendendo armas para a Ucrânia e que as sanções econômicas anunciadas contra a Rússia são imorais.

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