Entenda a polêmica lei aprovada em Israel que reforma o Judiciário

Nunca o país viveu uma onda de protestos tão longa. Já são quase sete meses de manifestações nas principais cidades de Israel

Por Eduardo Barão

Em meio a protestos, parlamento de Israel aprova reforma do poder judiciário
Sultan/Pool via REUTERS

Incerteza e divisão em Israel depois da aprovação de parte da reforma do Judiciário. Nunca o país viveu uma onda de protestos tão longa. Já são quase sete meses de manifestações nas principais cidades de Israel.

Apesar de toda a pressão das ruas, o parlamento aprovou, nesta segunda-feira (24), parte da reforma do poder judiciário. Com as primeiras mudanças vai ser mais difícil para os juízes anularem decisões do governo.

Esse é um sinal verde para os israelenses terem mais liberdade, por exemplo, de ocupar territórios palestinos. Em decisões recentes, os juízes da Suprema Corte proibiram a construção de novos assentamentos, contrariando os interesses da base do governo de Benjamin Netanyahu.

Para Netanyahu, o Supremo israelense se tornou elitista e isolado do povo israelense. Para a oposição, Israel segue um caminho perigoso do autoritarismo. 

Jornais cobriram de preto as capas da edição desta terça. As manchetes dizem que é um dia de luto para a democracia israelense.

Os médicos decidiram cruzar os braços por 24 horas para protestar contra o esvaziamento do judiciário. Atendimentos só de emergência.

Até os americanos, aliados históricos do governo de Israel, estão insatisfeitos com a decisão. O presidente Joe Biden disse que se trata de uma votação lamentável.

Dentro da justiça israelense, a dúvida é sobre como resistir a decisão do parlamento. A Procuradoria-Geral pede que a Suprema Corte derrube a medida.

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