A criação de uma moeda comum deve ser um dos assuntos discutidos na cúpula dos Brics que começa nesta terça-feira (22) na África do Sul.
A retomada da cúpula do Brics de forma presencial, pós-pandemia, promete ser em grande estilo. Além, claro, dos países membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mais de 60 países do sul global foram convidados, ainda mais de 20 autoridades, como o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente da União Africana, Moussa Faki Mahamat.
O presidente Lula chegou nesta segunda (21) em Joanesburgo e até o início da cúpula, nesta terça, todos os chefes de estado do bloco estarão aqui também. Menos Putin, o presidente russo que decidiu participar de forma virtual.
Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra na Ucrânia e poderia ser preso.
A guerra com a Ucrânia será abordada, mas somente na reunião fechada que os lideres devem fazer na quarta.
Entre os principais temas desta edição da cúpula estão a adoção das moedas dos países dos Brics, em negociações entre as nações membros, para não ficarem tão dependentes do dólar e a adesão de novos países ao bloco.
Segundo o Itamaraty, 22 países querem fazer parte do grupo. China e Rússia pressionam para que Arábia Saudita e Irã integrem o grupo de maneira mais rápida. Já Brasil é a favor de determinar regras mais claras para os candidatos.