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Justiça Federal condena hacker Delgatti a 20 anos de prisão

A 10ª Vara Federal de Brasília emitiu uma decisão no contexto do caso envolvendo a invasão de contas de autoridades no aplicativo Telegram.

Por Gabriel Modesto

Justiça Federal condena hacker Delgatti a 20 anos de prisão
Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Na segunda-feira (21), a 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília emitiu uma sentença condenatória contra Walter Delgatti Neto, também conhecido como o hacker da Vaza Jato. Delgatti, que havia sido preso em 2019 durante a Operação Spoofing, enfrentou acusações relacionadas à invasão das contas de autoridades no aplicativo Telegram, incluindo integrantes da força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, responsável pelos julgamentos em Curitiba.

As mensagens obtidas através dessas invasões, trocadas entre Delgatti e o ex-procurador Deltan Dallagnol, evidenciaram uma colaboração estreita entre o Ministério Público e o juiz, tendo impacto significativo na trajetória subsequente da operação. Essa relação alinhada entre as partes foi, em última instância, um fator crucial para o declínio posterior da operação. A sentença proferida pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite também se estendeu a outras seis pessoas envolvidas no caso. Vale destacar que a possibilidade de recurso à decisão permanece em aberto.

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Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker central na trama da Vaza Jato, reconheceu em depoimento à Polícia Federal ter invadido as contas de procuradores vinculados à operação Lava Jato. Ele também confirmou ter compartilhado as mensagens obtidas com o site The Intercept Brasil, o qual posteriormente trouxe à tona o episódio amplamente conhecido como Vaza Jato.

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Walter Delgatti Neto fala na CPI - Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Durante a semana passada, o hacker prestou depoimentos tanto à CPI do 8 de Janeiro quanto à Polícia Federal. Nesses depoimentos, Delgatti alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro participou de esforços para atacar a Justiça Eleitoral e conspirar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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