O caso de um novo paciente com AIDS, que entrou em remissão do vírus HIV depois de receber um transplante de medula, deixa a ciência mais perto de uma possível cura.
O homem, conhecido como o "paciente de Genebra", contraiu AIDS durante os anos 90 e se tornou a sexta pessoa do mundo a entrar em remissão do vírus da AIDS após receber um transplante de células-tronco encontradas na medula óssea.
Assim como os outros cinco, o paciente recebeu a medula em um tratamento contra leucemia, mas no caso do "paciente de Genebra", há um diferencial importante: ao contrário dos outros pacientes, o transplante que ele recebeu veio de um doador sem uma mutação genética que só existe em pessoas imunes ao HIV.
Ele começou o tratamento na capital suíça em 2018 e, de acordo com os médicos, o vírus permanece indetectável 20 meses após a interrupção dos medicamentos antirretrovirais.
Agora, sem a necessidade da mutação genética, os cientistas podem entender melhor como células-tronco normais combatem a propagação do vírus da AIDS no corpo humano.
O transplante de medula em pacientes com leucemia continua sendo um processo delicado e arriscado. Mas o avanço é um passo importante na direção da criação de uma tão aguardada cura ou vacina contra o HIV.