Na véspera do primeiro debate na Band deste segundo turno, presidente Jair Bolsonaro (PL) fez campanha em três estados do Nordeste, onde busca ampliar os votos na região que mais o rejeita. O candidato à reeleição também se mostra tranquilo para o confronto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em São Paulo, após compromissos em Teresina, Fortaleza e São Luís, Bolsonaro descansa e se prepara para o debate na Band, neste domingo (16), às 20h.
“Da minha parte, tranquilo. Tenho o que mostrar. Tenho o que comparar. Como falei para vocês aqui, ele não é o pai dos pobres? Quem é que atendeu melhor os pobres do Brasil? Eu ou ele?”, disse Bolsonaro.
Educação e segurança pública
Pela manhã, Bolsonaro cumpriu agenda em Teresina, capital do Piauí, estado onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve o melhor desempenho no primeiro turno. Por outro lado, isso não intimidou o candidato do PL. Ao lado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o presidente desafiou o adversário a provar que ele tenha associado os nordestinos ao analfabetismo.
“Ele me acusou de me referir ao nordestino como analfabeto. Mentira porque não tem esse vídeo. Agora, deixo claro para você. Na época do PT, o filho nosso levava três anos para ser alfabetizado. No nosso governo, agora, leva seis meses”, discursou Bolsonaro.
Bolsonaro também voltou a atacar Lula na questão da segurança pública. Segundo ele, o próximo governo, com congressistas aliados, aprovará a redução da maioridade penal.
“Vamos aprovar a redução da maioridade penal. O Lula e seus amiguinhos de 16, 17 anos, que gostam de roubar celular e matar jovem, o futuro dele vai ser apodrecer na cadeia”, declarou o presidente.
Contra abstenção
O presidente, assim como Lula, insistiu no discurso contra a abstenção e pediu que os apoiadores não fiquem em casa no dia da votação, 30 de outubro.
“Cada um de vocês, por vezes dentro da própria família, junto ao vizinho, ao colega de futebol, dá para conquistar esse voto para nós, estimulá-lo a ir votar, não ficar em casa. O fique em casa não leva a lugar nenhum. Não queremos o caminho da Venezuela nem da argentina. Isso aqui é Brasil”, continuou Bolsonaro.
Depois de Teresina, Bolsonaro seguiu para Fortaleza e encerrou a agenda no Nordeste em São Luís, capital do Maranhão, de onde partiu a São Paulo.