Bolsonaro chama de "idiota" quem defende comprar feijão em vez de fuzil

Afirmação foi feita em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (27)

Caiã Messina, do Jornal da Band

Em discurso a apoiadores nesta sexta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um aceno ao eleitorado, com uma comparação inédita, chamando de “idiota” quem diz que é preciso comprar feijão em vez de fuzil. 

“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. O povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. daí tem um idiota que diz ‘ah, tem que comprar feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, afirmou Bolsonaro. 

O discurso do presidente vem em meio à convocação para atos de apoio no feriado de 7 de setembro e à crise com o Judiciário.

Ainda nesta sexta, ele também atacou a Justiça Eleitoral. “O câncer foi lá para o TSE, tem que botar um ponto final nisso, dentro das quatro linhas da Constituição”, disse. 

No STF (Supremo Tribunal Federal), a declaração foi interpretada como um recado ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro do STF Lluís Roberto Barroso, que não respondeu.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, entrou em campo para tentar acalmar os ânimos.”A gente tem trabalhado em Brasília para distensionar, diminuir, dirimir, exterminar com as versões, esse tem sido sempre o meu lema”, afirmou Lira. “Só se fala em 7 de setembro [...] pelo amor de Deus, não vai haver nada em 7 de setembro.”

O ex-presidente michel temer também está atuando para acalmar os ânimos na crise institucional. Para isso, encontrou-se com o ministro do STF Alexandre de Moraes, que se dispôs a continuar em situação moderada.

Moraes aceitou que Temer seja o intermediário de um encontro com Bolsonaro.

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