Alegação de embriaguez e indenização podem atenuar possível pena de Dani Alves

Para que a pena seja atenuada, a defesa insiste na tese de que Daniel estava bêbado antes de chegar à Boate Sutton, em Barcelona

Da redação

Daniel Alves depõe em terceiro dia de julgamento na Espanha
Alberto Estevez/Pool via REUTERS

No terceiro dia do julgamento de Daniel Alves, o jogador foi ouvido e negou a acusação de estupro, além de voltar a dizer que a relação com a mulher que o acusa foi consensual. Ele ainda reforçou a estratégia da defesa ao dizer que bebeu bastante antes de chegar à boate, o que pode amenizar a pena, caso seja condenado.

Para que a pena seja atenuada, a defesa insiste na tese de que Daniel estava bêbado. Segundo o código penal espanhol, bebidas alcoólicas, drogas e outras substâncias podem limitar a condenação à metade inferior da sentença.

A legislação espanhola ainda prevê que uma indenização equivalente a R$ 800 mil pode atenuar a pena, o que também beneficiaria o réu.

Ao lembrar-se da chegada em casa, o jogador chorou e disse que a esposa, a modelo Joana Sanz, dormia e que soube pela imprensa da acusação de estupro.

Gravação de policial

Imagens gravadas por um policial podem ajudar na sentença. No dia 30 de dezembro de 2022, o agente da polícia de Barcelona designado para a ocorrência na Boate Sutton acionou, acidentalmente, a câmera instalada no próprio colete. O vídeo foi exibido para o júri a pedido da acusação.

Na gravação, a jovem, muito abalada, diz: “Ele me bateu, ele me jogou no chão. Não quero nada. Não quero que meu nome apareça”.

Testemunhas que acompanham o julgamento dizem que houve choro na sala nesse momento e que o réu baixou a cabeça para não olhar as imagens.

Especialistas ouvidos

Antes do depoimento de Alves, os juízes ouviram profissionais da área médica que atenderam a jovem que o acusa. A psicóloga forense que avaliou a jovem logo após deixar a boate também falou.

Não há prazo para o anúncio da sentença, mas a expectativa é que a corte divulgue o veredito em até 20 dias. Até lá, Alves continuará preso de maneira preventiva. Apesar de a acusação pedir a pena máxima 12 anos de prisão e o ministério público pedir nove anos e o pagamento de uma multa equivalente a R$ 800 mil.

Nas considerações finais, a advogada de Alves pediu a liberdade condicional e a retirada dos passaportes do Brasil e Espanha.

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