Lula acerta ao mudar posição do governo sobre a Venezuela, diz Adriana Araújo

Líderes de Brasil, Argentina, Colômbia e França querem a realização de eleições livres e transparentes no país em troca do fim das sanções

Da Redação

A apresentadora Adriana Araújo, do Jornal da Band, comentou a mudança de posição do governo brasileiro após encontro em Bruxelas, na Bélgica, com os presidentes de Argentina, Colômbia e França. Lula se sentou à mesa com Alberto Fernández, Gustavo Petro, além da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e do negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição do país, Gerardo Blyde.

Em declaração conjunta, os presidentes da Argentina, do Brasil, da Colômbia e da França pediram ao governo venezuelano e representantes da oposição a Nicolás Maduro que retomem o diálogo. Os líderes querem a realização de eleições livres e transparentes no país em troca do fim das sanções.

"Esse comunicado sobre a Venezuela representa uma mudança importante na posição do governo brasileiro. O presidente Lula errou algumas vezes ao relativizar o conceito de democracia, ao dizer que o regime político na Venezuela é uma questão de narrativa. De interpretação. não é. Na Venezuela a Justiça Eleitoral não é indenpendente. As eleições estão sob suspeita de manipulação há quase duas décadas. Não há liberdade de imprensa, e há muitas denúncias de desrespeito aos direitos humanos", disse Adriana

A Venezuela terá eleições gerais no ano que vem. A oposição no país questiona decisões de órgãos públicos que inabilitaram alguns dos principais candidatos. No caso mais recente, a ex-deputada María Corina Machado foi condenada à perda de direitos políticos por 15 anos. Os políticos de oposição Henrique Capriles e Freddy Superlano estão igualmente inabilitados para concorrer à presidência.

Para a âncora do Jornal da Band, a mudança do governo brasileiro pode dar um novo rumo ao povo do país vizinho. "O acerto de Lula foi agir para reestabelecer o diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela, para que as eleições do ano que vem sejam livres e justas, e com monitoramento internacional. Se essa negociação prosperar, o Brasil ajuda a oferecer uma esperança ao povo venezuelano afundado numa crise humanitária sem precedentes. Pode ser o primeiro passo para que mais de 5 milhões de venezuelanos, que abandonaram o país, possam um dia voltar".

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