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Lula e Macron defendem fim de sanções à Venezuela em troca de eleições livres

Lula participou de reunião, em Bruxelas, com a presença de Emmanuel Macron, de líderes sul-americanos, da vice-presidente da Venezuela e da oposição a Maduro

Da redação com informações da Agência Brasil

Lula e Macron defendem fim de sanções à Venezuela em troca de eleições livres
Reuters

Em declaração conjunta, os presidentes da Argentina, do Brasil, da Colômbia e da França pediram ao governo venezuelano e representantes da oposição a Nicolás Maduro que retomem o diálogo. Os líderes querem a realização de eleições livres e transparentes no país em troca do fim das sanções.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, citou a retirada das sanções contra a Venezuela ao passo em que seja construído um roteiro eleitoral para 2024.

“Os venezuelanos devem encontrar uma solução duradoura. Incentivamos a construção de um roteiro eleitoral para 2024 e a retirada das sanções que castigam o povo”, escreveu Fernández em uma rede social.

Na última segunda-feira (17), em Bruxelas, na Bélgica, a reunião entre os presidentes sul-americanos e francês resultou num documento publicado nesta terça-feira (18). O encontro também contou com o Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell.

À mesa, eles se sentaram com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e com o negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição venezuelana, Gerardo Blyde.

“Os chefes de Estado e o Alto Representante instaram o governo venezuelano e a Plataforma Unitária da oposição venezuelana a retomar o diálogo e a negociação no âmbito do processo do México, com o objetivo de chegarem a um acordo, entre outros pontos da agenda, sobre as condições para as próximas eleições. Eles fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional”, diz a declaração.

Os presidentes e o Alto Representante, ainda de acordo com a declaração, garantem que se houver avanço na negociação das eleições, a Venezuela poderá se ver livre das sanções econômicas atualmente impostas ao país.

“Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa”, diz o texto.

Os participantes da reunião prometeram manter a diálogo sobre o assunto ao longo do próximo período.

Eleições em 2024

A Venezuela terá eleições gerais no ano que vem. A oposição no país questiona decisões de órgãos públicos que inabilitaram alguns dos principais candidatos. No caso mais recente, a ex-deputada María Corina Machado foi condenada à perda de direitos políticos por 15 anos.

Os políticos de oposição Henrique Capriles e Freddy Superlano estão igualmente inabilitados para concorrer à presidência do país. A data das eleições ainda não foi definida.

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