Irã anuncia instalação de câmeras para identificar mulheres sem hijab

Véu islâmico é obrigatório no país desde a revolução de 1979; código de vestimenta é motivo de protestos desde 2022

Da redação

Mulheres retiraram os hijabs em protesto pela morte de Mahsa Amini
Reprodução/REUTERS

O governo do Irã anunciou a instalação de câmeras de monitoramento em vias públicas para identificar e punir mulheres que desrespeitarem as regras de vestimenta do hijab. Esta é mais uma tentativa de controlar o número crescente de mulheres que desafiam o código de vestimenta obrigatório. 

Segundo um comunicado da polícia iraniana na agência de notícias do judiciário Mizan, após identificadas, “as mulheres devem receber mensagens de texto alertando sobre as consequências”. A medida visa “prevenir a resistência contra a lei do hijab”. 

O véu islâmico é obrigatório desde a revolução de 1979, mas desde 2022 há o crescimento no número de mulheres que abandonam os véus. O motivo é a morte da jovem Mahsa Amini, após ser levada sob custódia da polícia moral em setembro do ano passado. 

Após a morte de Mahsa Amini, protestos e retiradas de véus em locais públicos emergiram no Irã. Sob a lei da sharia, as mulheres são obrigada a cobrir os cabelos e usar roupas largas ou burcas para disfarçar as silhuetas. 

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