São Paulo registrou 146 quilômetros de pico de congestionamento de veículos às 9h desta quarta-feira (29) devido à greve de motoristas e de cobradores de ônibus na cidade. O índice, no entanto, é 28% menor do que o registrado no mesmo horário há duas semanas, em 14 de junho, quando foram medidos 164 quilômetros de filas. Os dados são da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
A paralisação e as medidas adotadas para minimizar os danos causados pela greve ocasionaram um aumento do número de veículos circulando pela capital. Sem um dos principais meios de transporte público para se deslocar, a população recorreu a carros particulares, caronas e automóveis por aplicativos, além de metrô e trens.
Para não prejudicar quem precisou transitar nessa manhã, a prefeitura decidiu suspender o rodízio para veículos com placas final 5 e 6 e permitiu que os automóveis pudessem usar os corredores de ônibus, que estavam vazios. A Zona Azul na capital está mantida.
Quase metade do congestionamento está concentrado na região sul, seguido pelas zonas oeste e leste da capital. Apenas na marginal Tietê no sentido Castelo Branco, eram 7 quilômetros de filas. Na avenida dos Bandeirantes no sentido marginal, são outros 5 quilômetros de lentidão.
A greve
Motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo estão em greve depois de não chegarem a um acordo com os patrões sobre uma série de reivindicações. A categoria já havia realizado uma paralisação das atividades há duas semanas. Na ocasião, conseguiu um reajuste salarial de 12,4%, mas não obteve outras melhorias que eram solicitadas, como a hora do almoço remunerada e a participação nos lucros.
Em entrevista ao Bora SP, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB) criticou a ação do sindicato e afirmou estar acompanhando de perto as negociações entre as entidades sindicais. Em mais um dia de greve de ônibus na capital paulista, 1,5 milhão de passageiros tiveram dificuldade para chegar ao trabalho. Veja imagens abaixo.
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Veja imagens da situação dos terminais de ônibus de SP 1/11
A paralisação afeta 675 linhas e 6.008 ônibus. A Justiça do Trabalho determinou a manutenção de 80% da frota em circulação nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A SPTrans solicitou à Justiça o aumento do valor da multa, além de autuação de empresas pelo não cumprimento das viagens.
O julgamento do dissídio coletivo de motoristas e cobradores de ônibus no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) está marcado para as 15h a pedido do SPUrbannus (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de São Paulo).
O desembargador Davi Furtado Meirelles vai reunir o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo e os trabalhadores na sede do TRT. Às 16h, os motoristas e cobradores marcaram uma assembleia para deliberar sobre a continuação ou não da greve.