Os ataques terroristas de bolsonaristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8), geraram muito mais prejuízos além da estrutura quebrada. Parte da história e da cultura do Brasil foram destruídas ou roubadas pelos golpistas durante a invasão à sede dos poderes. O Ministério da Cultura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já calculam os prejuízos financeiros e culturais após os atos.
Até então, alguns itens foram identificados. No Palácio do Planalto, a emblemática tela ‘As Mulatas’, de Di Cavalcanti, foi rasgada a facadas. Em leilões, o quadro original pode chegar a R$ 20 milhões. Além da obra, ‘O Flautista’, de Bruno Giorgi, avaliada em R$ 250 mil e a mesa de trabalho do ex-presidente Juscelino Kubitscheck, foram destruídas pelos terroristas.
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Veja fotos dos danos provocados pela invasão em Brasília 1/10
Um pedaço da França guardado no Brasil também foi alvo de ataques. Um relógio fabricado por Balthazar Martinot, fabricado no século XVII, dada de presente para a família real pela corte de Luís XIV, foi destruído. Várias peças do museu do Senado também foram destruídas. Na Câmara, uma bola autografada por Neymar, que estava exposta, foi roubada.
O Iphan ficou encarregado de produzir o levantamento de itens vandalizados. O órgão informou que técnicos trabalham desde domingo, mas aguardam a liberação da perícia para identificar os danos. A ministra da Cultura Margareth Menezes disse que o patrimônio histórico imaterial e material do Brasil foi barbaramente atacado. “Vamos trabalhar unidos para a reconstrução do que foi violado”, disse.