O ministro Gilmar Mendes votou, na madrugada desta sexta-feira (11), para receber a denúncia e tornar ré a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
O caso aconteceu em outubro do ano passado, um dia antes do segundo turno das eleições. Zambelli sacou uma pistola e perseguiu um homem na rua de um bairro nobre de São Paulo. À época, a parlamentar disse que tomou a atitude depois de ter sido agredida e xingada pelo indivíduo.
O julgamento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a parlamentar será realizado no plenário virtual até 21 de agosto.
Em nota divulgada sobre a denúncia, a deputada disse que vai demonstrar, no decorrer do processo, "quem foi a vítima e o verdadeiro agressor nos eventos ocorridos".
Operação contra Zambelli
A parlamentar é investigada por supostamente ter orquestrado a invasão de sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para encontrar vulnerabilidades digitais dos sistemas do Poder Judiciário.
O objetivo, segundo a PF, seria “expandir narrativa fraudulenta contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo”, contribuindo, ainda, para a disseminação de notícias falsas sobre ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o sistema de votação no Brasil.