As negociações entre governo e Congresso podem resultar na criação de três novos ministérios. As informações são do Jornal da Band.
Na reta final da eleição no Congresso, Jair Bolsonaro admitiu recriar os ministérios da Cultura, do Esporte e da Pesca. A ação é para acomodar os aliados do “Centrão”, se for confirmado o favoritismo dos candidatos do Planalto - Arthur Lira, na Câmara, e Rodrigo Pacheco, no Senado.
"Nós não vamos ter mais uma pauta travada, e a gente pode levar muita coisa avante e, quem sabe, até ressurgir os ministérios, né? Alguém vai falar: ‘Quer criar ministérios de novo?’. O tamanho do Brasil, pessoal. Só a Amazônia é do tamanho da Europa Ocidental todinha”, justificou o presidente durante um discurso.
Para garantir todos os votos possíveis, o presidente exonerou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Eles são deputados e voltam à Câmara só para votar na eleição. A propaganda que predomina é a do governista Arthur Lira.
“Acredito que a perspectiva é de ganharmos no primeiro turno com apoio do voto dos senhores e das senhoras deputadas, mas sempre com muita humildade, reconhecendo que eleição é eleição. Só termina quando acaba realmente”, disse Lira.
Baleia Rossi tenta reverter os votos dos deputados do DEM que mudaram de posição nos últimos dias. Embora não tenha aparecido em nenhum compromisso público, recebeu estímulo de Rodrigo Maia em uma rede social, que disse estar certo da vitória dele.
Além dos dois favoritos, mais sete deputados concorrem à presidência da casa.
No Senado, depois que o MDB abandonou a própria candidata Simone Tebet, firmou-se ainda mais a expectativa de que Rodrigo Pacheco, do DEM, deve comandar a casa nos próximos dois anos.
Está tudo pronto para a votação, que vai ser realizada em cabines instaladas nos amplos salões e corredores do Congresso, com voto eletrônico na Câmara e em cédula no Senado. A previsão é de que ainda na noite da próxima segunda-feira (1) as duas casas já conheçam seus novos presidentes.