Um elevador caiu do térreo ao subsolo em um prédio de Maceió, capital do estado de Alagoas neste domingo (19). Onze pessoas estavam no local e não houve feridos em estado grave, segundo informações prestadas ao Corpo de Bombeiros. Veja o momento em que o equipamento despenca no vídeo acima.

No acidente, como o local estava cheio, todos os passageiros permaneceram de pé. Mas, em caso de queda, o melhor a se fazer é deitar com a barriga para cima no chão do elevador.  

É o que aponta a escritora Mary Roach no livro "Próxima parada: Marte: Curiosidades sobre a vida no espaço", em que aborda viagem ao espaço e outras situações que saem do usual da gravidade. Entenda abaixo por que essa é a melhor forma de sobrevivência.

"Sentar é uma má ideia, mas ainda assim é melhor do que ficar em pé, porque os glúteos são nossa espuma de segurança natural", aponta Roach com bom humor.  

No caso do prédio de Maceió, a capacidade máxima não foi respeitada, de acordo com os relatos realizados aos bombeiros. Os ocupantes desceram normalmente do 10º andar ao térreo. Antes de abrir a porta, o equipamento despencou para o subsolo do prédio.

Por que o melhor é deitar na hora da queda?

Músculo e gordura, os componentes que fazem parte do glúteo, são compressíveis. Isso significa que eles ajudam a absorver a força da gravidade na hora da queda, como coloca Roach.

A escritora afirma que, na teoria, pular logo antes impacto do elevador contra o chão faz sentido, mas na prática não funcionaria. "Só adia o inevitável".

Em tese, funcionaria porque o pulo diminuiria um pouco a velocidade, o que suavizaria o impacto. Mas publicação da Universidade de Illinois sobre o assunto aponta que a diferença seria muito pequena e imperceptível.

"Se você está caindo tão rápido que a queda pode causar sua morte, pular muito provavelmente não seria o suficiente para salvar sua vida", diz a publicação.

Roach também acrescenta que o pulo pode fazer com o que o passageiro esteja agachado no momento da batida e a posição pode causar danos e dores graves nas articulações do joelho.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Aeromédica Civil dos Estados Unidos descobriu que ficar agachado em plataformas em queda tinha esse potencial mesmo em quedas pequenas.

O recorde da maior queda de elevador

A norte-americana Betty Lou Oliver detém o recorde da maior queda de elevador já sobrevivida na história. Oliver viveu após o equipamento despencar 75 andares - ou 300 metros - no Empire State Building, prédio localizado em Nova York, em 1945.

A causa do acidente foi bastante dramática: o elevador caiu depois que um avião bombardeiro dos Estados Unidos colidiu contra o prédio, por conta de névoa cerrada.

A queda terminou no porão e a vítima precisou ser resgatada dos destroços. Todos os cabos do equipamento, inclusive o de segurança, partiram e a queda for amortecida por esses vários fios, que criaram um espiral similar a uma mola.