Eclipse parcial lunar mais longo em quase 600 anos será visto do Brasil nesta sexta

Fenômeno em que a sombra da Terra encobre a Lua ocorre na madrugada do dia 19

Da redação, com Agência Brasil

Mapa de visibilidade do eclipse parcial lunar
NASA/JPL-Caltech

O mais longo eclipse lunar parcial em 580 anos poderá ser visto do Brasil nesta semana. O fenômeno, que deve durar 3h28min23s, ocorre da noite de quinta-feira (18) para a madrugada de sexta (19), quando a Lua estará encoberta pela sombra do planeta Terra.

O eclipse -- o mais longo em 580 anos -- é também chamado de eclipse da microlua, já que o satélite natural da Terra estará em seu ponto mais distante da órbita do planeta. Se a previsão do tempo ajudar, o eclipse poderá ser visto em grande parte dos continentes. Ele ocorrerá nas primeiras horas do dia 19, e deve atingir o seu pico por volta das 6h da manhã no caso do Brasil. 

Ainda assim, o fenômeno estará visível em todo o país, com melhores condições para cidades do Norte e do Centro-Oeste (entre elas as capitais Manaus, Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista e Cuiabá. Isso porque nesses locais a Lua se põe após o ápice do eclipse).

Apesar de ser considerado parcial, cerca de 97% da Lua cheia estará escondida pela Terra.  A Lua deve começar a ser tomada por uma sombra perto das 3h da madrugada. 

Prepare o despertador: o melhor horário para ver o eclipse no Brasil é por volta das 4h da manhã. Mas a Lua deve desaparecer antes de o eclipse terminar por causa do amanhecer. Vale lembrar que a visibilidade depende das condições climáticas.

Eclipses parciais podem não ser tão espetaculares quanto os eclipses totais --no caso dos lunares, quando a Lua está completamente coberta pela sombra da Terra. Entretanto, eles ocorrem com mais frequência.  Isso representa mais oportunidades de testemunhar pequenas mudanças em nosso sistema solar que às vezes ocorrem bem diante de nossos olhos.

“Quando há um eclipse lunar total, podemos ver que a Lua fica vermelha. Isso acontece por causa do desvio da luz do Sol ao passar pela atmosfera do nosso planeta e refletida na Lua. Porém, dessa vez não veremos o eclipse total, somente o parcial”, explica o Observatório do Valongo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). 

“Isso (microlua) acontece porque o caminho que a Lua percorre no entorno da Terra é uma elipse, ou seja, uma circunferência levemente achatada. Como ela está mais longe da Terra que a Lua cheia média, acaba ficando aparentemente menor, cerca de 7%”, explica o professor do Instituto Federal de Santa Catarina Marcelo Schappo.

Mas não se preocupe se você perder o eclipse lunar. O fenômeno deve ocorrer novamente em maio de 2022, com boa visibilidade no Brasil.

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