Diretora do Flamengo é indiciada pelo crime de racismo após atacar nordestinos

Ângela Machado é esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim; ela teria publicado ofensas após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições de 2022

Por Luiza Lemos

Ângela Landim e o marido, Rodolfo Landim
Reprodução/Redes sociais

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou pelo crime de racismo Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social do clube. O indiciamento ocorreu devido a publicações com críticas aos nordestinos, logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. 

O indiciamento ocorreu na última quarta-feira (5), mas a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou a informação nesta segunda (10). “De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), o inquérito foi concluído e relatado ao Ministério Público com o indiciamento da autora”, diz a nota da Polícia Civil para a Band

A esposa de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, atacou a região em que Lula venceu com maior vantagem, de 69,34%. À época, ela citou a vitória de Jair Bolsonaro (PL), apoiado pela diretora e pelo marido, em outras regiões. “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias”, escreveu em uma publicação. 

Em outra, ela associou nordestinos a carrapatos e usou um apelido dado a eleitores de Bolsonaro. "Se o gado morrer o carrapato passa fome", escreveu. 

O crime de racismo prevê reclusão de um a três anos e multa, podendo ter a pena aumentada para reclusão de dois a cinco anos e multa, caso o crime tenha sido cometido em redes sociais. 

A Band tenta contato com Ângela Machado para pronunciamento sobre o caso.  

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