A defesa do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, vai entrar com um pedido de habeas corpus para que ele seja libertado da prisão e responda ao processo em liberdade. Ribeiro foi preso pela Polícia Federal no início da manhã desta quarta-feira (22) em sua casa em Santos (SP) e será transferido para Brasília.
A defesa tenta impedir a transferência e solicitou que a audiência de custódia do ex-ministro, marcada para as 14h desta quinta-feira (23) em Brasília, seja feita por videoconferência com ele se apresentando à sede da PF em Santos.
Ele é investigado por repasses irregulares do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada à pasta que comandava.
"Tomamos ciência, agora pela manhã, da injusta e incabível prisão do ex-ministro Milton Ribeiro. Iniciamos de pronto os procedimentos para requerermos a revogação deste excesso cometido pela Justiça Federal. Passaremos maiores informações após a Audiência de Custódia", disse em nota a defesa do ex-ministro.
Durante a manhã, a PF deflagrou uma operação envolvendo favorecimento de municípios que negociavam verbas diretamente com dois pastores. Em áudios divulgados em março, o então ministro dizia que a “priorização” de determinadas prefeituras seria um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O mandado de prisão preventiva repassado à Band aponta prática de tráfico de influência (2 a 5 anos de reclusão), corrupção passiva (2 a 12 de anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses de detenção). Documentos apreendidos destacam ação criminosa na liberação de verbas públicas.