Ex-ministro Milton Ribeiro é preso em operação da Polícia Federal

Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é investigado por repasses irregulares de verbas do FNDE

Da redação

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso na manhã desta quarta-feira (22), segundo informações da Polícia Federal (PF) confirmadas à Band. Ele é investigado por repasses irregulares do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada à pasta que comandava.

O mandado de prisão preventiva repassado à Band aponta prática de tráfico de influência (2 a 5 anos de reclusão), corrupção passiva (2 a 12 de anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses de detenção). Documentos apreendidos destacam ação criminosa na liberação de verbas públicas.

A PF cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões em Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura Correia estão entre os presos. Outas medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.

Também alvos da operação, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos não possuem cargos no Ministério da Educação. Na época em que o áudio vazou, Ribeiro negou, em nota, o suposto pedido feito por Bolsonaro em relação ao atendimento preferencial às lideranças religiosas.

Exoneração

Dias depois, Milton Ribeiro publicou uma nota para anunciar um pedido de demissão, o que, segundo ele, eliminaria incertezas sobre condutas do governo federal no combate à corrupção.

Na mesma tarde, o presidente da República assinou o decreto de exoneração de Ribeiro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Em nota, o MEC informou que colabora com as investigações que envolvem a gestão de Milton Ribeiro na pasta. O ministério também pontuou que o governo federal não compactua com “qualquer ato irregular”.

Leia a nota do MEC na íntegra

O Ministério da Educação (MEC) esclarece que recebeu hoje (22) a equipe da Polícia Federal (PF) e que continua colaborando com todas as instâncias de investigação que envolvem a gestão anterior da Pasta.

No sentido de esclarecer todas as questões, o MEC reforça que continua contribuindo com os órgãos de controle para que os fatos sejam esclarecidos com a maior brevidade possível.

O MEC ressalta, ainda, que o Governo Federal não compactua com qualquer ato irregular e que continuará a colaborar com as investigações.

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