Após passar por exames na noite desta quinta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diagnosticado com pneumonia leve e vai adiar o embarque para a China de sábado (25) para domingo (26).
“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está no Alvorada após exames no hospital Sírio Libanês ontem a noite. O presidente está com pneumonia leve e irá, por conta disso, adiar para domingo o início da sua viagem para a China”, informou a equipe do presidente.
Na quinta, Lula participou de eventos no Rio de Janeiro, como no Complexo Naval de Itaguaí, visitou obras do Museu Nacional, se encontrou com o cantor britânico Chris Martin e no Theatro Municipal.
Viagem à China
Lula embarca para a China juntamente com uma comitiva com centenas de empresários, além de governadores, senadores, deputados e ministros. A programação inclui visitas, conversas bilaterais, eventos oficiais e assinaturas de diversos acordos.
O objetivo do governo brasileiro é promover o relançamento das relações com aquele que é o principal parceiro comercial do país desde 2009. Em 2022, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004.
Principal exportador de produtos agropecuários para a China, o Brasil voltará a vender carne bovina para o país asiático, após o fim da suspensão da compra por razões fitossanitárias, nesta semana. Mais de 100 empresários do setor agropecuário fazem parte da comitiva que acompanha o presidente Lula.
Outras áreas de destaque na pauta do evento incluem o turismo entre os dois países, e investimentos. Os programas brasileiros de combate à fome, de proteção ao meio ambiente e de desenvolvimento sustentável poderão ser vistos novamente como referência pelo governo chinês.
Nas relações bilaterais, pelo menos 20 acordos bilaterais deverão ser assinados durante a visita. Um deles será para a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China. O diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.