Que a senadora Simone Tebet (MDB) nunca teve interesse no Ministério do Planejamento é óbvio. Ela sempre quis - até coerente com sua campanha - uma função que atinja diretamente o público. Daí a ilusão - perdida, naturalmente - do Bolsa Família.
Outro ponto claro é que a linha de uma política econômica de Simone, antes assessorada por economistas liberais, não seria jamais do gosto do PT. Mas há os que acham que aí poderia até haver uma vantagem: ela ajudaria a equilibrar junto ao ministro Fernando Haddad (PT) posições que alimentariam políticas mais moderadas. Haddad estaria mais aberto a isso do que parece. Será?
Assim, aguarda-se a definição do caso Simone Tebet, que pode também ir para "Cidades'', enquanto o tempo passa e esse ambiente de última hora vem produzindo desgaste para ela e para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que demorou muito com essa história.