Mitre: os efeitos políticos do ataque à democracia

'O ambiente, mostra parlamentares, que eram da base de Bolsonaro, e agora na oposição, mantendo a maior distância possível do episódio da invasão dos vândalos', diz Fernando Mitre

Fernando Mitre

A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar o domingo (8 de janeiro) de vandalismo em Brasília e suas implicações, já é considerada praticamente certa. Dos 47 senadores que assinaram o requerimento da senadora Soraya Thronicke, 34 continuarão na Casa para o próximo mandato. 

O ambiente, que já se forma em torno da CPI, mostra parlamentares, que eram da base de Bolsonaro, e agora na oposição, mantendo a maior distância possível do episódio da invasão dos vândalos ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal - o que faz todo o sentido - e dessa minuta golpista, encontrada pela polícia na casa do ex-ministro Anderson Torres - o que faz mais sentido ainda. 

Querem, cada vez mais, distância de tudo isso. Na Câmara, a mesma coisa. Um dos efeitos claros desses episódios nefastos de agressão ao Estado brasileiro - a mais violenta desde a promulgação da Constituição de 1988 - é o isolamento político dessa minoria extremista e golpista, que vem unindo contra ela as forças democráticas no país. Tem pesquisa mostrando que 93% condenam o terrorismo de domingo.

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