O general Édson Pujol - um dos militares que têm conversado com a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - é aquele que, antes de deixar o comando do Exército, sintetizou numa frase forte o que significaria politizar as Forças Armadas. "Se a política entrar por essa porta, a disciplina sai pela janela", ele disse, falando no quartel.
Naquela época, o general Pujol e os comandantes da Marinha e Aeronáutica deixaram seus cargos no conhecido episódio de desentendimento com o presidente Bolsonaro. Assim como foi trocado o ministro da Defesa.
Já está para sair - com atraso - a equipe de transição para a área da Defesa. E cresce a expectativa do anúncio, não só do ministro da Defesa, que será um civil, como dos comandantes das três Armas.
O ambiente nos quartéis? Está como tem que estar: nenhuma inquietação política, segundo altas fontes do Exército, confirmando a consciência saudável de que as Forças Armadas são instituições de Estado. Nunca de governo.