Numa eleição muito disputada, a chegada de novos apoios, como ocorre neste início de segundo turno, pode mexer no quadro deixado pelo primeiro, como detalhes influindo no todo. Mas isso está longe de significar, por si só, transferência de votos automática, embora uma boa foto juntando um candidato e aliados possa agitar e animar uma candidatura.
O instrumento real que, de fato, funciona, movimentando o eleitor de forma significativa, está na campanha e nas ações e atitudes de cada candidato, independentemente das dessas alianças. Lula, que desembarca no segundo turno com número maior de votos, começando na liderança, precisa, agora, definir mais o programa de governo dele e até dar sinais do ministério que quer montar.
Isso é óbvio. Não é novidade. Pergunte para os empresários. Bolsonaro precisa melhorar a imagem dele entre jovens e mulheres e diminuir a rejeição. Também é óbvio. E não é só isso. Os dois, já empenhados numa guerra de rejeições, sabem que aí é que a eleição tende a se definir.