A campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, vai ao Tribunal Superior Eleitoral nesta quinta-feira (06) para cobrar melhorias na dinâmica de votação no segundo turno da eleição. A campanha de Lula quer evitar filas nas seções eleitorais no dia 30 de outubro e evitar um aumento maior no número das abstenções. No último domingo (02), na votação do primeiro turno, filas de até três horas foram registradas e há o relato de eleitores que desistiram de votar por conta da demora nos colégios eleitorais.
O TSE alega que o grande número de escolhas necessárias pelo eleitor, que votou para cinco cargos (deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente), além da novidade da biometria em alguns locais de votação, foram os motivos para as filas.
Dois coordenadores da campanha do petista, Juliano Medeiros, do PSOL, e Randolfe Rodrigues, da Rede, vão se encontrar com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para cobrar mudanças no segundo turno, segundo informações da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.
Historicamente, o índice de abstenção aumenta na segunda etapa de votação e em uma eleição muito acirrada, o aumento no número das ausências tende a prejudicar mais o petista. O público mais vulnerável e menos escolarizado tem maior taxa de abstenção, justamente a faixa com o maior número de eleitores de Lula.
Enquanto a campanha de Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, aposta na maior abstenção, principalmente no Nordeste, para tirar a vantagem de Lula. O ex-presidente teve mais de seis milhões de votos de vantagem no primeiro turno e o desafio do atual presidente é reduzir essa vantagem.