A MP dos Ministérios foi aprovada no Senado com facilidade, 51 votos contra 19, o que não significa que não haja por lá graves reclamações contra a articulação do governo.
Mas bem mais simples no Senado - a aprovação e o clima - do que o dia de votação na Câmara, um dia dramático para o governo. A conclusão é que, mesmo com esse alívio do Planalto, as dificuldades nas relações com o Congresso estão aí.
E a expectativa agora - depois de uma conversa tensa com o presidente da Câmara, Arthur Lira, relação necessária e complicada - é de que o presidente Lula, alvo de tantas reclamações, vai finalmente entrar no corpo-a-corpo com o Congresso, dando a atenção necessária à formação de uma base confiável - que ainda não existe.
A liberação de R$ 1,7 bilhão em emendas na quarta-feira já foi um sinal de sua disposição de atender melhor a turma em troca de apoio. Agora a articulação já está intensa. Vamos ver até onde vai o governo, até onde aceitará pressão.
Trocar ministro agora? Lula diz que não. O fato é que a base de apoio do governo não está organizada e vem aí matérias importantes e difíceis como a essencial reforma tributária. E isso é o que mais interessa.