Itajuípe, no sul da Bahia, foi uma das cidades mais atingidas do sul da Bahia após as fortes chuvas que castigaram a região. Marcone Amaral, prefeito da cidade, relata que a cidade está apenas com um acesso em operação neste momento, a BR-101, e outras cidades vizinhas, como Itapitanga e Coaraci, estão totalmente isoladas neste momento, com a ajuda podendo chegar apenas por via aérea.
“Muitas pessoas ficaram nos telhados de suas casas esperando toda a madrugada por ajuda. Graças a Deus, neste momento, está descendo um pouco o nível da água”, disse o prefeito em entrevista ao BandNews TV nesta segunda-feira (27).
Segundo Amaral, nenhuma morte foi registrada oficialmente em Itajuípe, mas há relato de pessoas desaparecidas. Atualmente, são 14 pontos de apoio para ajudar os desalojados e desabrigados e há pessoas isoladas em distritos rurais do município, afetados principalmente pela cheia do Rio Almada. Ele estima que 60% da população da cidade de pouco mais de 20 mil habitantes foi impactada pelas consequências dos temporais.
“É uma cena, eu quero dizer para todos, de terror. Algo que eu nunca imaginei viver em minha vida. E nós estamos tentando fazer ao máximo algo para amenizar o sofrimento dessas pessoas”, relatou.
Amaral disse que as enchentes na cidade são as maiores em 30 anos, desde 1981, em uma tragédia natural sem precedentes até então. O prefeito pediu ajuda, principalmente com o envio de água potável, mantimentos e roupas.
Chuva totalmente acima de qualquer média histórica, diz prefeito de Coaraci
Outra das cidades mais atingidas pelos temporais da Bahia, Coaraci vive situação semelhante a de Itajuípe. O prefeito Jadson Albano disse ao BandNews TV que sua cidade registrou o volume de 208 milímetros de chuva em 48 horas, acima de qualquer média histórica já registrada. Ele ainda destacou a ajuda enviada pelo governo estadual no envio de médicos e medicamentos, já que os profissionais estavam atendendo os afetados há três dias seguidos.
“O estado mandou helicópteros com médicos e medicamentos.. A nossa preocupação agora é com as doenças relacionadas: gripe, leptospirose, alto índice de doença respiratória”, alertou.
Albano falou que apesar de não prever a intensidade das chuvas, pessoas foram retiradas das áreas de risco antes das chuvas - a cidade ainda não teve nenhuma morte registrada.
O Pix ligado à assistência social da cidade, para obter alimentos, cobertores, colchões e outros itens de necessidade básica é: 115095810001-08.
Até o início desta segunda-feira (27), os temporais e cheias deixaram 72 cidades em estado de emergência, com 18 pessoas mortas, centenas de feridas, 16 mil desabrigados e 19 mil desalojados.