Kalil cobra ajuda a MG: "Hora de Bolsonaro mostrar que é amigo de Zema"

Prefeito de Belo Horizonte disse que o estado "não precisa de voos de helicóptero", mas de "cheques"

da Redação com Rádio Bandeirantes

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, cobrou nesta quarta-feira (12) que o governo federal preste mais assistência, especialmente financeira, a Minas Gerais, estado que sofre há semanas com alagamentos provocados por fortes chuvas. Segundo ele, chegou a hora de o presidente Jair Bolsonaro “mostrar que realmente é amigo” do governador Romeu Zema, seu aliado.

“A situação é difícil. É importante que o governo federal olhe para Minas Gerais. O presidente é amigo do governador, essa é a hora de mostrar que é amigo de verdade (…). São municípios sem estrutura. O governo de Minas Gerais já deveria ter feito uma ação junto ao governo federal, o estado está quebrado há anos”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

“Não precisamos de voo de helicóptero (…). Sobrevoar é balela, você não vê nada. É hora de cheque, dinheiro. Saia daqui e vá para Brasília. Bons amigos devem ser recompensados”, completou o prefeito. 

O mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil informou que 19 pessoas morreram e cerca de 17 mil ficaram desalojadas ou desabrigadas no estado. Ao menos 145 municípios estão em estado de emergência

Kalil ressaltou que, embora tenha sido atingida por grande quantidade de chuva, a capital Belo Horizonte não tem sofrido com enchentes como as outras cidades da Grande BH. De acordo com ele, isso se deve ao planejamento dos últimos anos. 

“Chuva não se combate na chuva. Chuva se combate na seca. Belo Horizonte resiste bem com a estrutura feita de março a novembro. Comportas, bacias, contenções. Nos outros municípios, dá pena.”

“Bagatela de R$ 40 milhões”

Kalil ainda criticou a reunião realizada entre prefeitos, governador e integrantes do governo federal que resultou em repasse de R$ 48,6 milhões do Orçamento da União às cidades mineiras afetadas pelos alagamentos. 

“Na reunião que os prefeitos da Grande BH tiveram, e o governador ficou presente por 5 minutos, foi oferecida a bagatela de R$ 40 milhões. É uma falta de noção absoluta. Dinheiro é para gastar com quem precisa e tem pressa. Foi decretada calamidade pública no estado."

"Esses municípios são sem estrutura. O epicentro foi em BH, que praticamente não sofreu, mas os outros prefeitos estão precisando. É hora de soltar o dinheiro e depois ver como paga. Precisa de competência e agilidade para resolver problemas desse tamanho.”

Nesta terça (11), em entrevista ao Brasil Urgente, o governador Romeu Zema agradeceu o repasse do governo federal e reforçou a importância da doação de donativos e de auxílio humanitário.

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