Centro de Referência em Saúde Indígena é inaugurado no território Yanomami

Unidade tem capacidade para atender cerca de 100 pacientes por dia em quadros como malária e desnutrição. Centro de saúde vai atender 46 aldeias

Da Redação

Centro de Referência em Saúde Indígena Yanomami
Divulgação/Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde inaugurou o Centro de Referência em Saúde Indígena, em Surucucu, no território Yanomami. O local será destinado para atendimentos de urgência, consultas, exames e o tratamento de malária e desnutrição. 

“O Centro de Referência fortalece a assistência permanente no território, reduzindo a necessidade de locomoção dos indígenas para Boa Vista, capital de Roraima", informou o Ministério da Saúde em nota. 

Projetada para atender cerca de 2,7 mil pessoas distribuídas em 46 aldeias, a unidade atenderá a região e também os pacientes dos polos Parafuri, Haxiu, Homoxi, Xitei e Waputha. 

Segundo o Ministério da Saúde, desde o começo da operação, iniciada em janeiro, que mobiliza profissionais de saúde, voluntários e técnicos da área da saúde, mais de 5,3 mil atendimentos já foram feitos.

A equipe contará com cerca de 30 profissionais entre médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros, nutricionistas e técnicos de nutrição, técnicos de laboratório, farmacêuticos, microscopistas, cozinheiros e serviços gerais. 

O centro de referência foi equipado para atender cerca de 100 pacientes por dia, além de 20 admissões diárias. A unidade é dividida em ala ambulatorial, sala de acolhimento e triagem, salas de estabilização, consultórios, lactário, farmácia, laboratório e microscopia. A estrutura permanente também contará com refeitório, centro de convivência e redários.

A unidade também reforçará as ações de atenção primária à saúde com consultas e acompanhamento periódico de crianças e pré-natal, por exemplo. “Também tem como prioridade garantir a recuperação nutricional para casos de desnutrição grave e moderadas, tratamento de pacientes com malária, trauma e acidente ofídico (picadas de cobras)”, reforçou em comunicado. 

Três meses de emergência

A declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) completou três meses nesta sexta (21) com 5,3 mil atendimentos realizados, entre a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), os polos-base no território, o Hospital de Campanha das Forças Armadas e o hospital Geral de Boa Vista. Os principais problemas de saúde identificados nesta população são malária, pneumonia e desnutrição.

A recuperação nutricional das crianças segue como um dos principais focos das ações do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Yanomami). 

Até o momento, foram acompanhadas 95 crianças na Casai, 63 delas se recuperaram, outras seis seguem em acompanhamento para desnutrição grave e 26 com quadro moderado.

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