O BandNews TV teve acesso à delação premiada do ex-policial militar Elcio Queiroz, que assumiu pela primeira vez que participou do crime que matou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes (veja o vídeo acima).
Devido o depoimento de Élcio Queiroz, com delação premiada já homologada pela Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, nesta segunda-feira (24), o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, que foi condenado em 2021 por atrapalhar as investigações sobre o assassinato da vereadora.
A arma utilizada para matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes nunca foi encontrada, mas, em delação premiada, o Élcio Queiroz afirmou que Ronnie Lessa teria serrado e jogado a arma do crime no mar na região da Barra da Tijuca.
O armamento, segundo Élcio, foi desviado do BOPE após um incêndio. Quando questionado pelo delegado, o delator conta que Ronnie contou que “serrou ela todinha, pegou a embarcação na Barra da Tijuca, foi numa parte mais funda e jogou ali”.
Além da arma, ele confessou que, no dia seguinte ao crime, o carro usado no assassinato foi levado até a Zona Norte do Rio de Janeiro para ser desmanchado por Edmilson Barbosa dos Santos, conhecido como "orelha", um dos alvos da Operação Élpis.
Élcio Queiroz disse ao delegado da PF que o sargento da PM Edmilson Macalé, morto em 2021, teria feito o elo de Ronnie Lessa, acusado de fazer os disparos, com o mandante da morte de Marielle.
“Esteve presente em todas. Inclusive, foi através do Edmilson que trouxe, vamos dizer, esse trabalho para eles. Essa missão para eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”, disse Élcio na delação.