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Viúva comenta investigação do caso Marielle: 'Sofreu feminicídio político'

Mônica Benício citou ter esperança de elucidação do caso, mas tristeza de descobrir que plano de matar política existia desde 2017

Da redação

Mônica Benício diz sentir um misto de emoções após a confissão de Élcio de Queiroz sobre o caso Marielle, divulgado nesta segunda-feira (24). A viúva da vereadora, morta em março de 2018, conversou com o BandNews TV e afirmou que, apesar de sentir esperança pela elucidação do caso, há a tristeza de saber detalhes do plano para assassinar a política. 

“As notícias de hoje dão um caminho, um olhar mais esperançoso, mas também um pouco de tristeza, pelas lembranças, por ver que ela era monitorada desde agosto de 2017. Pensar o que ela estava fazendo quando a morte dela estava sendo planejada. A gente segue perguntando quem mandou matar Marielle e porquê”, afirmou Mônica Benício. 

Para a viúva, atualmente vereadora no Rio de Janeiro, “Marielle sofreu um feminicídio político, com cunho racista, misógino, lgbtfóbico”.  “Para nós familiares não é uma emoção que dialoga com a razão, são muitos sentimentos, é um passo importante, mas não traz felicidade, felicidade seria poder comemorar os 44 anos de vida de Marielle. Mas essa resposta o Estado brasileiro deve à sociedade e aos familiares", citou Mônica. 

Apesar da confissão ocorrer mais de cinco anos após o assassinato de Marielle e o motorista Anderson Gomes, Mônica parabenizou o trabalho dos investigadores e afirmou que irá cobrar rapidez nos julgamentos. “O Élcio passa a ser réu confesso e é importante que a gente cobre, que ocorra o mais rápido possível o júri, para que a gente tenha as pessoas que participaram dos assassinatos de Marielle e Anderson, sejam responsabilizados. Independente da esfera que ocupem, atravessadores, pessoas que facilitaram, motoristas, atiradores e os mentores devem ser identificados”, disse. 

Mônica Benício também citou que a vereadora não tinha motivos para ser alvo de milicianos no Rio de Janeiro, ou outros criminosos. “O Ronnie Lessa é um assassino, mas que era contratado para fazer isso, a Marielle não tinha nenhum tipo de envolvimento que poderia provocar a milícia do Rio de Janeiro, ela não tinha nenhuma ameaça, não se entendia como uma parlamentar em risco, o caráter de surpresa do assassinato de Marielle é um caráter de dor", lamentou. 

Confira a entrevista completa no vídeo acima

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