A nova temporada da Fórmula 1 é o destaque do Canal Livre deste domingo (13). A jornalista Paloma Tocci conversou com os comentaristas Reginaldo Leme, Max Wilson e o narrador Sergio Mauricio. 

Para Reginaldo Leme, a temporada terá novamente uma grande disputa em Lewis Hamilton e Max Verstappen pelo título e alertou. “Mas acho que a gente vai ter uma surpresa vinda da Ferrari. ”

Max Wilson prevê que o campeão da temporada de 2021, Max Verstappen, vai manter o estilo agressivo, mas com mais experiência e maturidade.

"Acho que o Max Verstappen vem sim agressivo, é o estilo dele. A única coisa que normalmente acontece com a experiência e com a idade é o amadurecimento."

O narrador Sergio Maurício projeta que Lewis Hamilton será mais ousado na disputa pelo pódio com Vestappen.

“Esse ano o Hamilton não vai tirar o pé para o Verstappen, podem ter certeza absoluta. O que aconteceu no passado em que várias vezes que os dois estavam juntos e o Hamilton preferiu ser prudente, eu acho que esse ano o Hamilton vem com tudo”, afirmou.

Calendário cheio em 2022

Questionados sobre o tamanho da temporada, que terá 23 provas, os comentaristas disseram que o calendário é pesado e pode render muito desgaste físico e mental para quem trabalha na Fórmula 1 e até para quem acompanha.

“Nós gostaríamos que tivesse corrida todo final de semana, mas realmente são muitas corridas. É um desgaste muito grande, principalmente para mecânico e engenheiros, também para as pessoas da direção de prova. Realmente, acho que são muitas corridas. Quando se tem 23 provas ao redor do mundo, realmente é muito desgastante com viagens e fuso horário. Além disso, esses carros são extremamente complexo. Para deixar um carro desse pronto todo final de semana são muitas horas de trabalho”, disse Max Wilson.

“A ideia da Liberty e da FIA é preencher essa lacuna da Rússia. Eles têm três ou quatro possibilidades de grandes prêmios para preencher essa lacuna porque é uma questão de arrecadação. Já sofreu muito com a pandemia. Então ela quer fazer esse calendário com 23. Acho que é uma conta legal, que atende bem nas 52 semanas do ano. Para o público é muito bom”, disse Sergio Maurício.

“Você imagina o jornalista que tem que estar presente em todas, como foi o caso do Michael Masi. Isso, sem dúvida, é uma das coisas que prejudicou ele raciocinar direito, porque tem o cansaço físico e o cansaço mental”, afirmou Reginald Leme, citando o diretor de provas que foi demitido no ano passado.

Campeonato de 2021 manchado por decisões da FIA

Para os convidados do Canal Livre, o campeonato de 2021, que teve como campeão Max Verstappen, será lembrando pelas polêmicas, como a demissão do diretor de provas Michael Masi.

No Grande Prêmio de Abu Dhabi, em dezembro de 2021, Masi se tornou alvo de cobranças por decidir por uma relargada na última volta, sem os retardatários que separavam Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull). O holandês não teve dificuldades para superar o britânico, vencer a prova e conquistar o título.

“O Verstappen foi o piloto do ano, o que mais venceu, o que fez mais poles, o piloto que liderou mais voltas de corrida, mais do que o dobro do que o Hamilton liderou. Mas a forma como foi decidida, isso vai acontecer daqui a 10 anos. O próprio Verstappen precisa de um outro título, pelo menos, para mostrar exatamente como ele é. Porque o que a gente viu agora poderia ter sido muito melhor se o Michael Masi tivesse dado a bandeira vermelha, todos eles no grid, todos com pneus iguais e largado para aquelas quatro voltas finais”, disse.

“Acho que foi mais fácil para a FIA achar um bode expiatório e colocar esse cara (Michael Masi) na geladeira. Acho que não foi uma atitude correta”, afirmou o narrador Sergio Maurício.

“Acho que o Masi foi vítima dessa situação toda. Primeiro de tudo, regulamento mal escrito, procedimentos completamente inadequados. Você exercer uma função com muitas pessoas gritando na sua orelha não tem como dar certo. Tanto que para essa temporada de 2022 muitas mudanças aconteceram, como de regulamente, como essa comunicação com o diretor de prova que não vai ser mais permitido, ou seja, se Michael Masi fosse culpado, eles manteriam as regras exatamente como eram”, afirmou Max Wilson.