A Segunda Câmara Tribunal de Contas da União (TCU) manteve a condenação do ex-procurador federal Deltan Dallagnol no processo que investiga suposto modelo antieconômico adotado pela operação Lava Jato. A decisão que obriga o pagamento de R$ 2,8 milhões é desta terça-feira que (6).
Na época da condenação, no início de agosto, o ministro-relator Bruno Dantas entendeu que, além de Dallagnol, o procurador João Romão e Rodrigo Janot foram os responsáveis pelo modelo econômico adotado para custear passagens, hospedagens e outros gastos durante no curso da operação.
Por outro lado, a Segunda Câmara do TCU liberou João Romão de pagar R$ 200 mil. Quanto a Janot, o recurso ainda será analisado. Outros sete procuradores foram inocentados por Dantas.
No voto, Dantas disse que havia alternativas mais econômicas para a organização e custeio das atividades da operação. Segundo ele, devido tal possibilidade, a “irregularidade decorre” pela escolha do modelo supostamente “antieconômico” por Dallagnol, “segundo os princípios da economicidade, da razoabilidade e da impessoalidade”.
“[O modelo econômico escolhido é uma] falha que desencadeou a distorção do modelo de custeio e consequentemente gastos exacerbados com diárias e passagens a procuradores que, na prática, residiam em Curitiba”, pontuou o relator.