O Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo demonstraram contrariedade à greve iniciada à 0h desta quarta-feira pelos metroviários.
A categoria alega estar sem reajustes salariais nos últimos dois anos, além de não ter recebido pagamentos de participações em 2019 e 2020. O Sindicato dos Metroviários alega também que houve retirada de benefícios, como auxílio transporte.
O sindicato pede um reajuste salarial de 10%, enquanto o governo diz que pode reajustar em cerca de 3%. Conversas com o TRT projetam um aumento de 8%.
No entanto, em entrevista ao Brasil Urgente, o secretário de Mobilidade e Transportes, Levi Oliveira, alegou que os salários estão sendo pagos em dia e que os benefícios à categoria foram mantidos.
“Essa greve é uma greve inexplicável. Em razão da pandemia, não se faz greve. Os empregados do metrô recebem salários em dia, estão em uma condição em que recebem todos os benefícios”, afirmou.
Oliveira afirmou que as partes têm conversado para minimizar os efeitos da greve. A avaliação foi semelhante à de Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, que informou que conversas durante o dia tentaram garantir pelo menos 80% da frota de transportes operando durante o horário de pico.
De acordo com Baldy, os governos já apresentaram cinco propostas aos metroviários, e tentam encerrar a greve nas próximas horas. No entanto, o secretário alega que o sindicato “não apresentou nenhuma proposta na conciliação”.
“O metrô apresentou, há poucos minutos, uma nova proposta para que a gente possa ter a sensibilidade do sindicato e acabar com a greve”, disse, também ao Brasil Urgente. “Nosso objetivo era que a gente retomasse (o transporte) hoje.”