Mais de mil detentos não voltaram aos presídios do Brasil após 'saidinha'

A ordem de saída é da Justiça para os chamados detentos no regime semiaberto

Detentos em Bangu 6 no Rio de Janeiro
Reprodução

Dos 33.749 presos que deixaram a cadeia na última saidinha temporária e deveriam retornar até segunda-feira, 1.397 detentos simplesmente não apareceram nos presídios.  

A ordem de saída é da Justiça para os chamados detentos no regime semiaberto. São aqueles que, pelo bom comportamento e terem cumprido boa parte da pena, já podem usufruir do benefício.  

São presos condenados por crimes graves e de repercussão que deixaram a cadeia, como os casos de Alexandre Nardoni, que matou a filha Isabela, e Gil Rugai, que matou o pai e a madrasta, além de criminosos ligados à facções.  

Integrantes do PCC e estupradores também foram beneficiados. No caso destes dois grupos, um cenário ainda mais grave: o Brasil Urgente revelou com exclusividade que 1.700 presos que deveriam ser monitorados com tornozeleira eletrônica simplesmente não receberam o equipamento. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, um dos bandidos, que deveria ter o acompanhamento, saiu da cadeia e cometeu um novo crime.  

A secretaria de Administração Penitenciária, em um primeiro momento, não respondeu aos questionamentos sobre a falta de tornozeleira eletrônica. Depois negou. 

A equipe do Brasil Urgente ouviu a desembargadora do Tribunal de Justiça, que confirmou a denúncia da falta do equipamento para acompanhar bandidos perigosos na última saidinha temporária.  

Ainda há mais uma saidinha temporária em 2023. Ao todo, os presos são beneficiados com mais de 30 dias fora das cadeias do Estado de São Paulo.

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