Polícia investiga ligação de vereador de SP com PCC em empresa de ônibus

Vereador petista nega envolvimento com a facção

Da Redação, com Brasil Urgente

A Polícia Civil de São Paulo realizou, na manhã desta quinta-feira (9), uma operação para investigar uma suposta ligação do vereador Senival Moura (PT) com o crime organizado, o Primeiro Comando da Capital (PCC).  

Segundo a Polícia, o grupo teria participação no transporte público urbano da capital paulista. Entre os alvos, também estão integrantes da direção da Transunião, empresa que atua na zona leste.

De acordo a polícia, o vereador petista também é suspeito de envolvimento na morte de um ex-presidente da cooperativa e, também, com suposto envolvimento em lavagem de dinheiro do PCC. Até o momento, duas pessoas foram presas na operação.

Por nota enviada à Band, Senival Moura disse que não tem envolvimento com a facção e com a morte de Adauto.

"Sinto até hoje essa perda, principalmente, pela forma cruel e violenta que foi. Adauto era um companheiro de luta, trabalhador e meu amigo. Quero também reafirmar a minha história de atuação, liderança e organização do transporte alternativo em São Paulo", disse a nota.  

Ele também se coloca à disposição da Justiça. "Passarei por esse momento com serenidade, tranquilidade e consciência tranquila."  

Endereços ligados ao presidente da Transunião são alvo de busca e apreensão. Dezoito veículos ligados a empresa estão sendo apreendidos.

A polícia afirma que a investigação também apura lavagem de dinheiro e organização criminosa, relacionados ao envolvimento do crime organizado com a direção da empresa Transunião.  

A ação acontece na capital e no município de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e é coordenada pelo Departamento Especializado em Combate ao Crime Organizado (Deic), que cumpre oito mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão.

As investigações, de acordo com o Deic, tiveram início após o assassinato de Adauto, ex-presidente da Transunião, em 4 de março de 2020.

A vítima, ainda segundo a polícia, era uma espécie de "testa de ferro" de Senival na direção da empresa, "que era utilizada para a lavagem de dinheiro de membros do PCC".

"O próprio vereador era proprietário de 13 ônibus que prestavam serviços para a empresa, que tem contrato com a prefeitura da capital no valor de R$ 100 milhões anuais", diz trecho de nota da polícia.

Para a polícia, o ex-presidente não estaria realizando o repasse de valores devidos aos membros da facção, motivo pelo qual foi desligado da empresa e teve "decretado" contra ele ordem de morte pela organização criminosa.

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