Polícia Civil identifica três suspeitos de arremessarem garrafa em palmeirense

Gabriela Anelli foi morta após ser atingida por estilhaços durante um confronto de torcidas organizadas em São Paulo

Por Giovanna De Boer

A Polícia Civil informou que conseguiu identificar pelo menos três suspeitos de terem arremessado a garrafa que estilhaçou e atingiu a jovem Gabriela Anelli, morta após ser ferida durante um confronto entre torcedores do Palmeiras e Flamengo. A torcedora morreu no último dia 10. 

A identificação ocorreu por análise de imagens da confusão entre os torcedores no último dia oito, que apenas o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) tem. Segundo informações do DHPP, com base na perícia digital, que está sendo finalizada, vão concluir a trajetória da garrafa, a velocidade e identificar quem arremessou a garrafa que matou Gabriela Anelli. 

Reconstituição de morte ocorreu com scanner 3D

A Polícia Civil de São Paulo apostou na tecnologia para fazer a reconstituição do crime. Para a reconstituição, a polícia ouviu mais testemunhas e obteve mais imagens do dia do crime. A Polícia Civil não descarta nenhum suspeito do crime, como contou a diretora do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, Ivalda Oliveira Aleiro, em entrevista à Band.

Segundo o DHPP, responsável pelo caso, o objetivo foi de apurar o local de onde o objeto foi jogado, além de verificar informações fornecidas por testemunhas. A reconstituição contou com um mapeamento com scanner 3D do local e a utilização de um drone.

A confusão que matou Gabriela Anelli

A briga aconteceu nos arredores do Allianz Parque, antes de jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, no último sábado (8). O delegado César Saad, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), destacou que o suposto agressor vai responder por homicídio doloso. Ele não estava com a torcida organizada do clube carioca.

Quem era Gabriela Anelli

Gabriela Anelli era a caçula da família e dividia a paixão pelo Palmeiras com o irmão, Felipe Anelli. De acordo com o pai, a garota sempre ia aos jogos do Alviverde. “Era a diversão dela nos fins de semana. Forma que se encontrou... ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa”, disse.

Futebol, porém, não era a única paixão da garota. Segundo a família, Gabriela adorava surfar nas horas livres. Ela até tinha vontade de se profissionalizar na modalidade, mas não pôde dar sequência à carreira por causa de um problema no coração desde quando era criança. Ela chegou a passar por uma cirurgia com apenas dois meses de vida. 

De acordo com a família, Gabriela pretendia se tornar técnica em informática (TI) e, enquanto isso, trabalhava cuidando de crianças em uma escola no Taboão da Serra, na região metropolitana.

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