PM que matou o lutador Leandro Lo foi a boate e motel horas depois do crime

Crime aconteceu num show de pagode por volta de 1h30 após desentendimento entre policial e o lutador

Da redação

Como se nada tivesse acontecido. É assim que Henrique Otávio de Oliveira Velozo, tenente da Polícia Militar de São Paulo, aparece na entrada de uma boate em menos de duas horas depois de matar o lutador Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu.

Novas imagens mostram o tenente na casa de show Bahamas, na zona sul de São Paulo, às 3h. Ele surge na recepção da boate e cumprimenta a funcionária. Dentro, Henrique consumiu uma garrafa de um litro de whisky, duas doses de gin, dois energéticos, duas águas de coco. A conta final foi de, aproximadamente, R$ 1,6 mil. 

Quase duas horas depois, a mesma câmera de segurança registra a saída do tenente, acompanhado, segundo a polícia, de uma garota de programa. Os dois deram entrada num motel da zona Oeste, às 5h40, e só saíram às 16h30. Henrique foi preso no mesmo dia.

O crime aconteceu durante um show de pagode por volta de 1h30 após desentendimento entre o PM e o lutador. Em imagens feitas por quem estava no local, é possível ouvir o disparo que acertou a cabeça de Leandro Lo. A música foi interrompida. Momentos depois, começa o resgate. Horas depois, a morte cerebral de Leandro foi confirmada. Áudio exibido com exclusividade pelo Brasil Urgente aponta que ambos já haviam discutidos em outra festa.

O PM já tem histórico de confusões em casas noturnas. Em 2017, ele foi convocado a se retirar de uma balada após arrumar briga. Os seguranças do local precisaram desarmar o PM e chamar uma viatura. 

Salário de policial foi suspenso pelo governo

O governo de São Paulo anunciou a suspensão do pagamento de salário para o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador de jiu-jitsu Leandro Lo. A decisão, uma portaria do Comando-Geral da PM, foi publicada na edição da última quarta-feira (10) do Diário Oficial do Estado.

Segundo o governo paulista, a medida foi adotada por causa da decretação da prisão preventiva do acusado, no dia 7 de agosto. A suspensão é retroativa, válida desde a data da decisão judicial.

O PM se entregou à Corregedoria da PM no último dia 7 e está preso no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes.

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