O Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil, teve acesso ao sistema de câmeras das forças de segurança de São Paulo. O grupo é investigado, entre outras coisas, por planejar matar e sequestrar autoridades, inclusive o senador Sergio Moro.
A Band teve acesso a um relatório da Polícia Federal (PF) que mostra um diálogo entre dois criminosos, ocasião em que pede informações sobre um carro filmado pelo sistema “Detecta”, que usa imagens de câmeras geridas pelo governo e prefeituras, sobretudo no trânsito.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que determinou uma investigação interna para apurar possível crime de invasão de dispositivo de informações sigilosas.
Ainda de acordo com a nota da SSP, caso se constate alguma irregularidade, o possível funcionário público que participou do vazamento dos dados do sistema será responsabilizado criminalmente.
A investigação da PF aponta que o plano contra autoridades começou antes das eleições de 2022. No esquema, criminosos seguiam os passos de Moro e de familiares deles. Inclusive, uma casa foi alugada pelos bandidos para o monitoramento do senador.
O plano também previa atacar presídios federais e sequestrar autoridades do Poder Judiciário, do Ministério Público e funcionários do sistema prisional. De acordo com a PF, em seis meses, o PCC teria gasto mais de R$ 500 mil em aluguel de casas e apartamentos em Curitiba e chácaras no interior do Paraná, onde Moro tem residência.